Fundação Estrutura Laboratório no Brasil Onde Serão Realizados Testes de Integração dos Sistemas de Combate dos Submarinos
A Ezute está dando mais um passo importante no trabalho realizado junto à Marinha do Brasil para a construção dos submarinos que fazem parte do PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos): desde o mês de fevereiro deste ano, a fundação está atuando na montagem e estruturação de um laboratório de integração e testes no Brasil, chamado de SIF (Shore Integration Facility – Local de Integração em Terra), onde serão realizados testes de integração do Sistema de Combate, em apoio às verificações a bordo do submarino.
A Ezute participa do PROSUB desde o início do projeto em 2011 como beneficiária da transferência de tecnologia do Sistema de Combate SUBTICS®, em atividades de Engenharia do Sistema de Combate (CSE – Combat System Engineering), Integração do Sistema de Combate (CSI – Combat System Integration) e Desenvolvimento de Software (CMS – Combat Management System), que tem como autoridade de projeto o grupo francês Naval Group. Esse acordo entre Brasil e França tem permitido que a Ezute participe do processo de nacionalização do sistema de combate dos submarinos.
Para a realização desse trabalho dentro do PROSUB, os engenheiros da Ezute foram treinados nos diferentes Subsistemas do Sistema de Combate na França, nas instalações da Naval Group, como parte do programa de transferência de conhecimento e de tecnologia. Os profissionais da Ezute também participaram dos testes de aceitação do Sistema de Combate, realizados na plataforma Combat System Shore Integration Facility – CS SIF, na França.
De acordo com o Especialista em Engenharia de Sistemas da Ezute, Robson Souza Caceres, um dos profissionais treinados na França, há benefícios na realização de testes de integração de equipamentos e sistemas antes destes serem definitivamente instalados nos submarinos.
“O laboratório SIF funciona como uma plataforma que servirá para validar correções e novas versões de software dos equipamentos, otimizando o tempo de verificação a bordo. Na prática, o laboratório replica o que foi feito na França e o ganho é poder validar novas versões e não deixar pra descobrir problemas a bordo do submarino, onde tudo é mais lento, apertado e mais caro”, explica Robson.
O SIF permitirá verificar o bom funcionamento dos equipamentos, suas interfaces e a comunicação de dados entre eles e realizar testes de integração e cadeias funcionais entre diferentes equipamentos e subsistemas do Sistema de Combate.
A instalação do laboratório está em andamento no prédio do Centro de Manutenção de Sistemas de Submarinos (CMS-40), Base de Submarinos da Ilha da Madeira em Itaguaí (RJ), onde os especialistas da Ezute atuam.
Após a desmontagem do SIF, a Fundação EZUTE também deve preparar uma Plataforma de Validação (BVP – Baseline Validation Platform), que será usada principalmente para propósitos de manutenção e de verificação de novas versões antes de serem instaladas a bordo.
Histórico e a participação da EZUTE no PROSUB
Criado em 2008, por meio da parceria estabelecida entre o Brasil e a França, o PROSUB tem como objetivo a produção de quatro submarinos convencionais e a fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
Em dezembro de 2018 foi lançado ao mar o Submarino Riachuelo, o primeiro submarino construído no Programa. Em outubro de 2019 foi realizada a união das sessões do submarino Humaitá, o segundo submarino convencional do PROSUB, lançado ao mar em 2020. No mesmo ano, mais um marco importante foi cumprido quando o Submarino “Riachuelo” (S 40) realizou com êxito os testes previstos para o sistema de propulsão na superfície, em prosseguimento ao extenso programa de provas de aceitação no mar.
Segundo a Marinha do Brasil, os próximos lançamentos estão previstos da seguinte forma: o S-41 Humaitá, em dezembro de 2020; do “Tonelero” (S-42) em 2022 e do “Angostura” (S-43) em 2023.
Os submarinos estão sendo construídos no estaleiro da ICN (Itaguaí Construções Navais), sob acompanhamento da Marinha do Brasil.
A Ezute atua como receptora no processo de transferência de tecnologia do Sistema de Combate, que opera e controla os armamentos da frota e participa no processo de testes e avaliação deste Sistema antes que os submarinos possam ser recebidos pela Marinha.