Fundação Ezute Fala Sobre Transferência de Tecnologia para Aumento de Prontidão Tecnológica em Live do Incose Brasil

No dia 10 de dezembro, o diretor de Mercado Defesa & Espacial da Fundação Ezute, Carlos Eduardo de Almeida Jr., participou como convidado especial da live sobre “Transferência de Tecnologia para Aumento de Prontidão Tecnológica”, realizada pelo Incose Brasil, divisão nacional do Conselho Internacional em Engenharia de Sistemas (International Council on Systems Engineering).

Em sua apresentação, Carlos Eduardo  falou do processo de gestão do conhecimento e aumento da prontidão tecnológica no programa de transferência de tecnologia, considerando o ciclo de vida do sistema ou material em aquisição ou desenvolvimento, nas fases de concepção, estruturação, formalização e controle.

Ao explicar o conceito de prontidão tecnológica, o especialista falou da Escala TRL, modelo desenvolvido e consagrado pela Nasa nos anos 80 que mede o nível de maturidade de uma tecnologia, ou seja, o quão apta ela está para sua aplicação final. “Há uma escalada de maturidade partindo dos níveis mais baixos, que abrangem teorias e pesquisas básicas, evoluindo para pesquisas aplicadas, para a aplicação dos conceitos analíticos, experimentação válida dos conceitos em ambientes simulados, conexão com outros sistemas até chegar aos níveis mais altos, com a operacionalização do processo e o equipamento ou o sistema de informação empregado”.

Durante esse processo de maturidade tecnológica, a tripla hélice da inovação, envolvendo academia, indústria e centros de pesquisa, muitos deles do governo, ganha destaque, de acordo com Carlos Eduardo. “Esse cenário faz girar um grande esforço de desenvolvimento tecnológico e de inovação”.

A transferência de tecnologia, que está inserida em um contexto de offset tecnológico, chega nesse contexto para abreviar o tempo e o esforço de avanço na escala. “De forma controlada e estruturada, é possível acelerar nos níveis de maturidade tecnológica”, disse o representante da Fundação Ezute, ao destacar que isso pode ser feito por meio de aquisição de grandes programas.

Carlos Eduardo explicou ainda os papéis principais dos agentes que compõem o processo de transferência de tecnologia: o detentor, que tem o know how; o beneficiário, absorvedor de conhecimento; e o mediador, geralmente um órgão de assessoramento ou de controle, que faz a gestão dos interesses nesse fluxo de tecnologia. “Importante salientar que se não houver um processo estruturado, baseado em boas práticas das tecnologias de sistemas, dificilmente se vai tirar muito desse ciclo”.

Ao trazer um exemplo hipotético pra debate, baseado nos projetos desenvolvidos pela Fundação Ezute, o especialista destacou o papel de indicadores de cobertura de transferência: mapeamento, escopo máximo de transferência e calibração do mapeamento.

A live, apresentada pelo conselheiro do Incose Brasil, Fábio Silva, também abriu espaço para perguntas dos participantes. Confira a íntegra do evento em: https://bit.ly/388ggbf.

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