Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a segurança e a tecnologia tornaram-se pilares fundamentais para o progresso e o bem-estar social. Com o avanço acelerado da tecnologia, novos desafios surgem, especialmente no que diz respeito à aplicação responsável, segura e ética das inovações.
A tecnologia tem o potencial de transformar a gestão pública, melhorando a segurança e os serviços prestados à população. No entanto, para que isso ocorra de forma eficaz, é necessário que as inovações sejam integradas de maneira estratégica, com atenção aos aspectos éticos, de privacidade e de segurança.
Projetos que envolvem a implementação de novas tecnologias exigem uma combinação de inovação e segurança. A aplicação de tecnologias avançadas em áreas como defesa, saúde, infraestrutura e monitoramento ambiental, por exemplo, requer não apenas competência técnica, mas também um compromisso com a segurança de dados, a privacidade e o impacto social.
Um exemplo é o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), que utiliza tecnologia de ponta para monitorar e proteger a Amazônia Legal Brasileira contra ameaças ilícitas, como desmatamento, garimpo ilegal e tráfico de drogas.
Na Defesa, a tecnologia desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de sistemas que garantem a segurança nacional. Um exemplo é o Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP), um projeto brasileiro que envolve a criação de um sistema de defesa marítima de alta precisão. O desenvolvimento de tecnologias como essa exige não apenas inovação técnica, mas também um compromisso com a segurança em todas as etapas do processo, desde a concepção até a entrega.
À medida que a inteligência artificial avança, torna-se imprescindível que seu desenvolvimento esteja alinhado com padrões de segurança rigorosos. A IA pode ser utilizada para melhorar a segurança pública, por exemplo, através de sistemas de monitoramento que identificam comportamentos suspeitos em tempo real. No entanto, é fundamental que essas tecnologias sejam implementadas com transparência e respeito à privacidade dos cidadãos.
A cibersegurança também é uma área crítica, especialmente com o aumento da digitalização dos serviços públicos. A proteção de dados sensíveis e a prevenção de ataques cibernéticos são prioridades para garantir a confiança da população nos serviços digitais.
A tecnologia também pode ser aplicada para melhorar a segurança urbana. Sistemas de monitoramento com câmeras inteligentes, sensores e drones permitem que as autoridades identifiquem e respondam a situações de risco de forma rápida e eficiente. Além disso, a integração de dados de diferentes fontes, como redes sociais e sistemas de transporte, pode ajudar a prever e prevenir crimes.
A realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) também têm potencial para treinar equipes de segurança e emergência, simulando situações de risco em ambientes controlados. Isso permite que os profissionais pratiquem respostas eficazes, melhorando a preparação para situações reais.
A segurança e a tecnologia são duas forças essenciais que moldam o futuro da sociedade. Quando combinadas de forma eficaz, elas não apenas criam soluções inovadoras, mas também garantem que essas inovações sejam implementadas de maneira ética, segura e responsável. A aplicação estratégica da tecnologia em áreas como defesa, saneamento, segurança urbana e cibersegurança demonstra como é possível promover o bem coletivo, protegendo os cidadãos e melhorando a qualidade dos serviços públicos.
No entanto, para que esses benefícios sejam alcançados, é fundamental que haja um compromisso com a transparência, a privacidade e a segurança. A colaboração entre governo, setor privado e instituições de pesquisa é importante para garantir que as soluções tecnológicas atendam às necessidades da sociedade e contribuam para um futuro mais seguro e sustentável.
Roberto Lorenzoni, Diretor Presidente da Fundação Ezute