Ezute Lamenta Perda do Tenente-Brigadeiro do Ar Marcos Antonio de Oliveira

O estimado militar ajudou a viabilizar a criação da Fundação e sempre valorizou o capital humano

A Fundação Ezute lamenta comunicar o falecimento do estimado Tenente-Brigadeiro do Ar da Força Aérea Brasileira, Marcos Antonio de Oliveira, ocorrido no último dia 29 de janeiro, no Hospital das Forças Armadas, em Brasília.

O Tenente-Brigadeiro Marcos Antonio de Oliveira ocupou cargos importantes como Comandante do Grupo Especial de Inspeção em Voo, Chefe do Curso de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Vice-Chefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Diretor do Departamento de Programas Especiais da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Como oficial-general exerceu cargos como Presidente da Comissão de Desenvolvimento do Projeto e da Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (CISCEA), Presidente da Comissão para Coordenação do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM), Diretor-Geral do Departamento de Aviação Civil e Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.

O “Brigadeiro Oliveira” teve papel decisivo na criação da Fundação, em 1997, quando era o responsável pelo Projeto SIVAM. No âmbito da alta administração expôs a necessidade do Brasil ter uma entidade integradora, exclusivamente brasileira. Na condução dessa estratégia, juntamente com o Eng Tarcísio Takashi Muta, viabilizaram junto à Presidência da República o modelo fundacional para a integradora do SIVAM.

Nascia assim a Fundação Atech, hoje Fundação Ezute. Era condição do contrato a absorção de conhecimentos no estrangeiro de forma que técnicos da integradora brasileira se capacitassem no desenvolvimento dos projetos para manter e fazer evoluir o que seria implantado no Brasil com participação estrangeira.

Este princípio fortaleceu e consolidou a Fundação como entidade de conhecimentos, marca que a permitiu participar de novos projetos de elevado alcance tecnológico. São exemplos desta edificante escalada estratégica a consolidação do domínio da tecnologia de controle de trafego aéreo e defesa aérea, participação no Projeto P-3 na Espanha em parceria com a FAB e outros projetos para a Marinha do Brasil. Vale destacar a Gestão Complementar do Desenvolvimento do Míssil Ar-Superfície (MANSUP) e o desenvolvimento propriamente dito dos sistemas de combate dos Submarinos (PROSUB) em suas etapas na França e no Brasil.

Exigente, destemido e comprometido com o conhecimento, o “Brigadeiro Oliveira” primou pela transparência e a qualidade dos projetos. Raro administrador público! Dele sempre escutávamos: “Qual a metodologia? Como será guardado o conhecimento no âmbito da organização para ser posteriormente usado pelos técnicos, servidores do Estado ou pelas entidades contratadas? Está tudo escrito”? Sua gestão foi exemplo de pensamento elevado e de foco na cidadania!

Mesmo após sua passagem para a reserva, foi um incentivador de diversos projetos e consultorias que a Fundação participou. Tinha especial zelo com o capital humano e dizia ser este o maior ativo da Fundação. Seu legado de probidade e de bons conselhos foi sempre percebido e aprimorado pela nossa direção. Por ter tido a gênesis no conhecimento e no Projeto SIVAM, após os 22 anos de trabalhos bem executados, a Fundação, há muito é vista pelo mercado como uma entidade única que “entrega produtos raros” e que gera oportunidades singulares para técnicos que aceitam desafios e se permitem participar de programas e projetos diferenciados.

Assim a Fundação Ezute e seus colaboradores ensejam nesta mensagem a gratidão, o reconhecimento e o sentimento de profundo pesar pela passagem do ”Brigadeiro Oliveira”. Ele faz parte da nossa história e o legado por ele deixado estará sempre presente em cada parceria e em cada conhecimento expresso.

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