Dia Internacional da Mulher: A Jornada Feminina Rumo às Conquistas no Mercado de Trabalho

Os desafios femininos frente ao mercado de trabalho ainda são imensos.

É verdade que nos últimos anos tivemos uma ampliação de postos de trabalho para mulheres, inclusive em áreas como tecnologia, defesa e segurança. Mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Neste Dia Internacional da Mulher, trazemos um pouco da experiência da nossa gerente de projetos, Claudia Tocantins, sobre os seus desafios profissionais e sua jornada rumo às conquistas no mercado de trabalho em áreas dominadas quase que 100% por homens.

Carioca, mas com uma identidade plural – desenvolvida pelas oportunidades que a vida profissional proporcionou ao longo de sua carreira ao lhe dar a chance de trabalhar em diferentes cidades pelo Brasil e no exterior – Claudia Tocantins é do tempo em que ainda havia colégios “só de meninas” ou “só de meninos”. Essas instituições devem existir até hoje, mas em menor escala.

“Confesso que gostei muito de sair de um colégio de meninas para um curso de Engenharia de Computação e, mais tarde, para ambientes de trabalho predominantemente masculinos. Por muito tempo, eu evitei o tema, pois acreditava que com a minha formação e competências, eu podia atuar em qualquer área que eu quisesse, ser mulher não era relevante na equação”.

Porém, os dados demográficos não confirmavam esta tese e ela se deu conta disso quando participou como palestrante em um evento e ouviu de uma estudante: “Fiquei muito feliz de assistir sua palestra, uma mulher que trabalha com tecnologia no palco do evento e com experiências tão interessantes”. A partir deste momento, Claudia passou a dar mais atenção à diversidade nas equipes e valorizar as oportunidades de colaborar com movimentos de promoção de mulheres na ciência e na tecnologia.

Atuando em áreas como defesa, segurança e tecnologia, Claudia pontua que o maior desafio é encontrar referências, exemplos e mentoras, já que a presença feminina (ou mais corretamente, o protagonismo e a visibilidade da mulher) nesses mercados ainda é uma característica recente. “O mercado, hoje, tem consciência da importância da diversidade dentro das equipes para que se encontrem novas soluções e alcancem resultados mais eficazes. Mais mulheres se destacando em trajetórias profissionais das mais variadas é um fator relevante para isso”.

Para a gerente, uma forma de estimular a presença feminina em carreiras que, atualmente, possuem um número maior de homens, é trabalhar em iniciativas para promover ações que ampliem o leque e apresentem diferentes soluções para jovens, crianças e meninas. Por exemplo, ensinar programação para adolescentes e pré-adolescentes. “Nem todas serão programadoras, mas, com isso, elas podem descobrir que elas não têm apenas um determinado perfil. Temos mais meninos nas áreas exatas porque eles, desde pequenos, foram ensinados a entender melhor o seu espaço. Já as meninas são ensinadas a desenvolverem mais os seus aspectos de cuidadora”.

Um outro ponto levantado pela profissional refere-se ao real envolvimento das empresas frente à diversidade: “se você não consegue nem ter mulheres no time, como terá outro tipo de diferenças?”.

Para finalizar, Claudia comenta que desde muito pequena, a mulher escuta afirmações do tipo: se tiver uma carreira não conseguirá ter uma família, filhos. “Fui treinada para separar o pessoal do profissional. Mas porque não pode estar junto? Eu, por exemplo, tenho família, filhos, viajo e tenho minha carreira. Por que teria de abrir mão de alguma dessas coisas?”

A Fundação Ezute abraça e valoriza a diversidade em sua totalidade e possui em seu quadro de colaboradores mulheres incríveis e competentes.

Neste 8 de março, damos os parabéns ao nosso time feminino, que faz a diferença nos projetos e nas atividades de apoio da organização.

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